Carreira, Dicas

Se você está esperando se formar para começar a fazer networking, precisamos conversar sobre isso. A Universidade, na maioria das vezes, marca os primeiros passos da carreira e proporciona os primeiros contatos profissionais. Por que não iniciar a criação de uma rede de relacionamento ali mesmo, com seus professores, colegas e orientadores do estágio? É hora de começar a fazer seu networking na Universidade. 

Antes de nos aprofundarmos nas vantagens de buscar essas conexões estratégicas e de lhe mostrar as dicas, é importante desmistificar algumas questões relacionadas ao networking. Há quem propague a ideia de que você precisa conhecer todas as pessoas e falar com elas a todo instante para e “vender o seu peixe”. Na verdade, o networking se baseia em conexões que façam sobretudo sentido para você e para a outra parte. São relações de parceria e compartilhamento de ideias, projetos e interesses. 

Então, para que seu networking seja consistente e verdadeiro, exige-se que você tenha em mente seus objetivos, suas metas e principalmente sua essência e seus valores. As relações se baseiam muito mais nesses critérios, e a cada dia os atributos relacionais estão sendo mais valorizados. Em suma, você deve buscar contatos e conexões que lhe abram portas coerentes com seus planos e visão de mundo, para que possa se conectar estrategicamente. 

E de onde partir? Vamos mostrar a você os caminhos para começar a desenvolver, a partir de agora, o seu networking na Universidade.

Networking na Universidade: vale mesmo a pena?

 

De toda forma, você pensando ou não sobre a imagem que deseja que as pessoas a seu redor tenham a seu respeito, elas já vão criar as próprias percepções, certo? Com isso, naturalmente os laços de amizade se formam e, consequentemente, as conexões profissionais também podem se formar. É nesse espaço da Universidade que há a oportunidade de descobrir, experimentar as tantas possibilidades do curso, conhecer pessoas com interesses e projetos compatíveis com os seus e que podem ser grandes parceiros no futuro. 

Aproveite seu tempo quando ainda se encontra na faculdade e crie as bases para uma boa rede de contatos e parceiros. O mercado de trabalho, de maneira geral, é restrito e complexo; todavia,  quando você tem uma boa rede, encontrar oportunidades pode se tornar mais simples, rápido e direcionado ao que de fato você busca. 

Além disso, ao iniciar o networking ainda como estudante, você desenvolve essa habilidade e, quando for efetivamente um profissional da sua área, já terá experiência em abordar as pessoas, apresentar-se e estabelecer conexões e parcerias. 

 

Quais são as melhores estratégias para iniciar o networking na Universidade?

 

Agora, vamos para a prática! Selecionamos 8 dicas para você treinar e iniciar a construção da sua rede estratégica de contatos. Vamos lá?

 

1 Procure ter bom relacionamento com seus colegas

Como dissemos lá no início, é bem provável que seus colegas sejam seus primeiros contatos profissionais, por isso relacionar-se bem com eles é necessário. Não apenas pela boa convivência na turma, mas também para ter oportunidades de se conhecerem e, quem sabe, criarem projetos juntos ali mesmo enquanto compartilham a rotina e a vida de estudante

Obviamente, haverá aquelas pessoas com quem você não terá tantas afinidades, mas aqui estamos falando de respeito, empatia e educação, aspectos importantes de exercer em qualquer lugar, não é mesmo?

 

2 Aproxime-se de seus professores

Assim como seus colegas são os primeiros contatos, os professores em geral são as primeiras referências profissionais, conceituais e éticas dentro da área que você escolheu. Converse mais com eles, apresente suas dúvidas para além do conteúdo e peça dicas e fontes visando aprofundar em assuntos que mais lhe interessem. Isso não é bajular o professor. É abrir um diálogo, é buscar mais conhecimento e informação para a construção da sua carreira. E, além do conhecimento, seus professores podem ser um elo entre você e um estágio, por exemplo. Mas, para isso, é preciso que ele conheça seus interesses, perfil e competências.  

 

3 Tenha repertório

Ter repertório  é, basicamente, dominar um assunto e conseguir conversar sobre diversos temas. Não que haja necessidade de você ser um almanaque ambulante; no entanto, é relevante ter conhecimentos diversificados, saber abordar os variados tipos de pessoas e opinar acerca de acontecimentos recentes. 

Para ampliar seu capital cultural, invista em leituras de temas e estilos diversos, ouça músicas e conheça artistas para além de seu gosto pessoal, assista a filmes e séries, acompanhe noticiários, blogs com conteúdo diversificado e consistente. Enfim, busque referências e informações e aposte em novos aprendizados

4 Aprenda a identificar o perfil comunicativo das pessoas 

Você já ouviu falar em perfil comunicativo? Cada um de nós tem uma forma de ler o mundo, de absorver informações e de se expressar. Isso influencia fortemente na maneira como nos comportamos, nos expressamos e nos relacionamos com os outros. Todos esses aspectos formam o perfil comunicativo. Contamos com quatro tipos de perfis macros, sendo que cada pessoa apresenta a predominância de um deles. Ressaltamos que não é um conjunto de características engessadas, de modo que seja possível transitar por diversos perfis. Veja quais são: 

  • Pragmático: são pessoas mais racionais, impacientes e que querem informações rápidas e diretas. E também transmitem as informações de forma bem objetiva. 
  • Analítico: são as pessoas mais detalhistas, que buscam mais informações, com mais profundidade e método. São mais lentas para tomar decisão, mas são muito embasadas. É o tipo de pessoa com quem você terá conversas mais longas e consistentes.
  • Expressivo: uma pessoa mais voltada para os relacionamentos, aquela pessoa bem-humorada, que conversa com todos, faz brincadeiras, é criativo, fala muito de si e gosta de interagir. 
  • Afável: também voltado aos relacionamentos, porém com um aspecto mais tranquilo que o expressivo. É aquele perfil que cuida dos colegas, tem mais empatia e capacidade de criação de laços mais emocionais, inclusive no ambiente de trabalho. 

A relevância de conhecer esses perfis é para que você saiba como se aproximar e conversar com cada um deles de modo assertivo. Se o que você pretende é se fazer notar e se fazer entender, a tática é observar seu interlocutor e falar a língua dele. 

 

5 Aprenda a fazer um bom Pitch

Já ouviu falar em Pitch? Pitch nada mais é do que uma apresentação rápida e certeira sobre algum tema. No caso, o tema é você, e você precisa criar um resumo de si mesmo para mostrar suas características principais, habilidades e expectativas, com o intuito de criar uma conexão em contatos rápidos, em que você precisa conquistar a atenção do outro, mas não tem muito tempo para falar. Um Pitch normalmente tem de três a cinco minutos. 

Para montá-lo, você deve responder rapidamente a questões como: o que faço, onde estudo, o que pretendo, como sou. Em cada contexto, você deve adaptar o conteúdo do Pitch e sempre seguindo essa lógica. Buscando entender melhor, recomendamos a leitura deste artigo da Endeavor

 

6 Participe de eventos da sua área

Uma das formas mais efetivas de conhecer pessoas e expandir os círculos de relacionamento é participar de eventos. Ali estarão colegas de profissão, empregadores, grandes nomes do mercado, influenciadores, enfim, toda uma rede de pessoas conectadas com seus interesses. 

Sempre que possível, marque presença nesses eventos, inclusive os promovidos pela própria Universidade. Além do conhecimento adquirido, há chance de conhecer novas pessoas e reforçar laços com as que já fazem parte da sua rede. Um momento muito oportuno para fazer networking na Universidade. 

7 Use as redes sociais estrategicamente

A esta dica você deve prestar mais atenção. Os perfis nas redes sociais revelam traços da sua personalidade, das percepções e da forma como se comporta, até na esfera profissional. Tendo isso em vista, é imprescindível cuidar bem da sua imagem nas redes sociais.

A internet é hoje o principal canal de aproximação e contato entre pessoas e entre pessoas e organizações. E, inegavelmente, é também uma extensão da sua vida off-line. É indispensável ter uma boa rede para fazer um bom networking, ainda que na Universidade. 

Quer mais um motivo para atuar de forma mais organizada e estratégica nas redes sociais? Os recrutadores em massa têm o hábito de navegar pelas redes dos candidatos antes de chamá-los para uma entrevista de estágio ou para participar de um projeto. 

 

8 E se meu curso é EAD?

Os alunos dos cursos da Educação a Distância (EAD) também podem e devem iniciar o networking na Universidade. Como o contato presencial é mais raro, opte pelas ferramentas digitais. Use os grupos de WhatsApp, os fóruns das disciplinas no SGA, conecte-se com colegas e professores nas redes sociais, para que vocês possam iniciar interação. No caso do EAD, espaços como WhatsApp e LinkedIn são essenciais para que se tornem conhecidos e para que sua rede se amplie. 

Então, vamos começar a praticar o networking na Universidade hoje mesmo? Como você viu, é uma das principais estratégias para criar conexões verdadeiras e promissoras com as pessoas à sua volta e com o mercado. Não se trata de “atirar para todos os lados”, mas sim de encontrar oportunidades, trabalhos, organizações e principalmente pessoas coerentes com seus valores, sonhos e projetos. 

Essa capacidade de se relacionar e de se comunicar tem sido muito valorizada por organizações de múltiplos portes e segmentos, o que torna o networking na Universidade ainda mais oportuno e o coloca no patamar de profissional do futuro. E, por falar nisso, você sabe o que o mercado espera do profissional do futuro? Confira nosso artigo. 🙂

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